Casa Caldera / DUST

Casa Caldera / DUST - Mais Imagens+ 37

  • Arquitetos: DUST DUST DUST DUST; DUST DUST DUST DUST
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  88
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2015
  • Fotógrafo
    Fotografias:Cade Hayes
  • Empreiteira: DUST DUST DUST DUST
  • Gestão De Projeto: Jesus Robles, Cade Hayes
  • Marcenaria: Jay Ritchey
  • Concreto E Alvenaria: Agustin Valdez
  • Interiores: 50 m2
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Descrição enviada pela equipe de projeto. A história deste lugar tem raízes profundas na história da cultura da região.

A biodiversidade da região é parte do arquipélago Madrense, que estende-se desde os desertos de Sonora até os desertos de Chihuahua, a partes do sul do Arizona, o sul do Novo México, além de partes do distante Textas Oeste. As faixas das ilhas do céu servem como faróis de vida e habitantes, que conectam o extremo norte da Serra Madre e são essenciais na história da vida naquela região, já que serviram de base para os recursos para tribos migratórias, aves e predadores que se movimentavam pela vasta planície.

© Cade Hayes

A topografia e geomorfologia do vale de San Rafael formam as cabeceiras do rio Santa Cruz, um dos poucos rios que correm até o sul no México e voltam até o norte dos Estados Unidos. Este rio é de vital importância para a história da ocupação e habitação desta região durante os últimos 10.000 anos.

© Cade Hayes

Grande parte da história da humanidade deve-se aos eventos geológicos da região há milhões de anos. A grande atividade vulcânica formou a paisagem tal como a conhecemos hoje. Isso deixou a bacia topográfica, assim como recursos minerais e uma terra muito fértil que só recebeu seu devido valor e utilização pelas culturas que habitaram a região.

© Cade Hayes

Desde cultivos agrícolas nativos, a caçadores-coletores nômades, até os conquistadores e missionários, os pioneiros, mineiros, gado e vaqueiros, a milícia, os migrantes, e inclusive os narcotraficantes, trata-se da mesma paisagem e folclore essencial do Oeste remoto.

Planta de Situação

Esta é a história e o contexto de onde surge a Casa Caldera. Este pequeno refúgio foi fortemente informado pelas condições climáticas, pela adaptação aos entorno naturais, sociais, políticos e econômicos, cada fator com seu próprio grau ponderado e variado.

© Cade Hayes

A estrutura refere-se a um refúgio de 88 metros quadrados localizado na baixada sudoeste das colinas de Canelo no vale San Rafael do sul do Arizona, um alto deserto a duas horas ao sudeste de Tucson, e 15 milhas ao norte da fronteira internacional entre os Estados Unidos e o México. Encontra-se logo abaixo de 1500 sobre o nível do mar, rodeado por árvores de carvalho Emory e manzanitas. A estrutura emerge da vegetação nativa que define a ladeira e os campos vastos mais adiante. A localização da residência foi uma negociação para alcançar o equilíbrio entre a perspectiva da planície aberta e as montanhas, e o refúgio dos caçadores, descobridores, e potenciais migrantes. Não se pode compreender a estrutura sem antes chegar a ela.

© Cade Hayes

Para enfatizar a qualidade de refúgio do projeto, optou-se por materiais que se misturassem com o entorno para a estrutura, e o programa foi feito com um foco de fechamento em si mesmo. As paredes maciças foram construídas em concreto coberto por lava, um processo e produto final refinados pelo pioneiro no material, Paul Schwam, e que se utiliza com freqüência na comunidade arquitetônica da região, sobretudo por Paul Weiner e a Design Build Collaborative. Considera-se a vizinhança como um novo material vernacular, composto por uma mistura de escória vermelha, uma rocha de lava pulverizada, cimento e água que forma um material semi-fluido autoportante que se transforma em um elemento similar a terra batida. O efeito final resultante foi um sutil contraste com os pastos ao redor, mudando sutilmente com as características da luz através do ano, mistura-se harmoniosamente com a paisagem que aparece como se pertencesse ali, com a vegetação, carvalhos, manzanitas e rochas.

Planta

O pedido dos clientes de poder estar ao ar livre com áreas de dormir conduz ao re-descobrimento de uma tipologia de planejamento de habitação vernacular local que foi utilizada como principal conceito organizador da Casa Caldera - o Zaguan.

© Cade Hayes

Grander portas de metal dobráveis em cada extremo do Zaguan conectam o espaço coberto de estar com a paisagem mais a diante. A leste, o Zaguan se abre como um diorama em escala completa, e a oeste a vista histórica estende-se à paisagem distante através do vale San Rafael e das Montanhas da Patagônia.

© Cade Hayes

As portas dobráveis oferecem luz natural e aproveitam ventos que esfriam passivamente o ambiente quando estão abertas, e segurança quando estão fechadas. As portas podem ser configuradas em uma série de formas diferentes, conforme a demanda em cada estação, uso, e estilo de vida do proprietário, quando usadas para controlar a entrada de luz solar ou para aproveitar a ventilação de diferentes maneiras. Quando as temperaturas são adequadas, o Zaguan é um espaço coberto e protegido, utilizado para descansar, comer e dormir.

Corte

Em termos espaciais, o Zaguan proporciona uma rara experiência, onde pode-se desacelerar e deter-se por completo, e, assim, simplesmente tomar o entorno natural em uma só vista centralizada, e presenciar fisicamente o passar do tempo.

© Cade Hayes

As únicas fontes de calor provém de uma estufa e da chaminé de lenha. Por experiência, no inverno, a primeira coisa a se pensar quando acorda é o fogo. O aroma dos carvalhos Emory do Arizona queimando, diferencia ainda mais a experiência de natureza na casa na memória olfativa.

© Cade Hayes

A refrigeração é feita através do isolamento térmico das paredes grossas de 18 polegadas e o fluxo natural de ar que move-se através do Zaguan graças às pressões positivas e negativas de cada lado. A orientação solar foi cuidadosamente considerada no uso de janelas externas, que se mantém pequenas para minimizar o ganho de calor solar direto no verão.

© Cade Hayes

Todas as janelas podem ser abertas, assim como os caixilhos da parede da janela da sala, dormitório de entrada, e janelas de fenda que aproveitam e extraem o ar do Zaguan, e através das áreas de estar e dormir. Um porta extra foi adicionada ao acesso à área de dormitório, de modo que quando ambos estão abertos, a pequena estufa de lenha também pode aquecer o espaço do Zaguan para os jantares e pequenas reuniões caso se deseje. Esta operacionalidade atrai ainda mais o proprietário como um participante ativo na experiência da casa.

© Cade Hayes

Um poço existente proporciona água para a casa, e um pequeno sistema elétrico solar encontra-se distante da casa para gerar energia elétrica para seu uso básico. Utiliza-se um mínimo de iluminação artificial, de LED de baixa voltagem. A cozinha, o ar condicionado e a água quente, são alimentados por gás propano.

© Cade Hayes

A Casa Caldera foi quase inteiramente feita sob medida. As paredes de escória, janelas de aço, portas, ferragens, tiras de couro, revestimentos de madeira, marcenaria, e estrutura foram fabricados e instalados pela empresa DUST. A madeira utilizada na cobertura e nas paredes do Zaguan são sassafrás recuperados. A Casa Caldera encontra-se totalmente fora dos padrões.

Apenas trinta jardas de resíduos, um rol-off , foi gerado pela construção do projeto.

Galeria do Projeto

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Sobre este escritório
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Cita: "Casa Caldera / DUST" [Casa Caldera / DUST] 07 Jul 2016. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/790651/casa-caldera-dust> ISSN 0719-8906

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